Este foi um projeto realizado entre maio e junho de 2008. inspirado no Rio Body Count criado pelo André Dahmer e que foi, por sua vez, inspirado no Iraq Body Count, que contabilizava os mortos do início da invasão militar dos Estados Unidos no Iraque.
O Toledo Body Count contabilizou, a partir das notícias dos princípais veiculos da imprensa da cidade onde eu morava, Toledo – no oeste do estado do Paraná, o número de mortos e feridos no trânsito da cidade. Este projeto chegou a ser citado, na época, no ALT, caderno da Gazeta do Paraná.
Os “contadores de corpos” (body count) se baseiam nos dados que são diluidos no cotidiano para dar visibilidade aos “dados” do dia-a-dia e emergindo tanto a violência praticada quanto a violência retratada nos veículos de comunicação. Enquanto o Iraq Body Count dava dimensão ao massacre que acontecia naquele país, o Rio Body Count mostrava que a guerra não acontece tão longe assim, e está nas nossas próprias ruas.
Ao lidar com o dado “bruto” de número de mortos e feridos, pense nesta questão: se todo dia há um número x de “acidentes” no trânsito, qual a probabilidade de, no próximo, o envolvido ser você?