Imagem meramente ilustrativa.

Dois princípios básicos e iniciais para criar REA

De forma resumida, pode-se dizer que “o conceito de REA tem foco em dois princípios: 1) licenças de uso legal de recursos didáticos e 2) abertura técnica e tecnológica no sentido de favorecer formatos que sejam fáceis para abrir ou fazer adaptações.” (Trecho adaptado de PICONEZ, NAKASHIMA e FILHO, 2013. In. Recursos Educacionais Abertos & Redes Sociais)

Mas como isso é feito?

1) Licenciando o material que você produz com licenças abertas, não-restritivas e/ou de cultura livre, tais como as licenças que são possíveis de criar por meio do Creative Commons. Assim, você diz para as outras pessoas o que elas podem fazer com o seu material. Escolha um material que você tenha criado e coloque junto a ele o crédito de autoria (seu nome e forma de contato) e o selo de licença que você pode criar pelo site do Creative Commons: https://creativecommons.org/choose/?lang=pt

2) Abertura técnica + facilidade de uso significa criar seus recursos em softwares ou programas que outras pessoas possam ter acesso, para poder abrir, usar e remixar os REA. Do contrário, a licença do seu REA será livre, mas poucos poderão usufrir do material (pois terão que pagar para conseguir os softwares ou suas atualizações no futuro). Dê preferência aos softwares livres, como os dos exemplos sugeridos nestas listas:
– diversos: https://sites.google.com/site/victorwestmann/softwareslivres
– para edição gráfica: http://estudiolivre.org/tiki-index.php?page=Softwares+de+Gráfico&bl
– para edição de texto, planilhas, slides, ilustrações, etc: http://pt-br.libreoffice.org/libreoffice/ 

É fundamental considerar que os REA não se limitam a esses dois princípios. Por exemplo: “Didaticamente, o REA vai além desses [dois] princípios quando há uma processo de engajamento com os recursos didáticos. A formação docente tem seu foco concentrado neste envolvimento, uma vez que os educadores e estudantes podem usar e adaptar o que foi criado por outros para o seu próprio uso; colaborar, cooperar e compartilhar aquilo que é criado individualmente ou em conjunto com outros pares e, finalmente, compartilhar novamente o material remixado, retrabalhado, reutilizado para que outros possam se beneficiar dessa produção (Educação Aberta, 2012).” (In. PICONEZ, NAKASHIMA e FILHO, 2013.)

Vamos usar esta imagem (acima) como um exemplo?

Eu não espero que essa imagem seja considerava como um REA da maneira mais adequada, mas apenas a título de exemplo, vejam que eu declarei ali em baixo da imagem, de um modo bem simples que, pelo licenciamento via Creative Commons, qualquer pessoa pode utilizar esta imagem (até mesmo comercialmente), portanto que: Atribua a autoria do original à mim e compartilhe com a mesma licença. Assim, eu estou trabalhando o primeiro princípio, que é oferecer uma licença aberta. Esta licença que escolhi não é a licença mais aberta de todas, pois eu coloco a restrição de compartilhar pela mesma licença.

Entretanto, só isso não adianta. É preciso oferecer a abertura técnica. Para isso, disponibilizo aqui um link para quem quiser baixar o arquivo dois_principios_rea.ODG e abrir no LibreOffice e usar/modificar esta imagem/ Usei o LibreOffice por ser um software livre que qualquer pessoa com um computador com configurações mínimas pode baixar. Se eu tivesse utilizado outro programa para criar essa imagem (ex.: Corel Draw) quem quiser utilizar o arquivo precisará comprar este software ou estar limitado a utilizá-lo onde estiver disponível. A escolha pelo formato de arquivo ODG também se deu por ser um formato aberto que, ao contrário dos formatos proprietários, não se torna facilmente obsoleto.

Outras questões são importantes para dar sustentação a estes princípios. Por exemplo: como os arquivos serão distribuídos? No link para baixar acima eu utilizei o Google Drive, ferramenta proprietária e instável. Neste caso, seria muito melhor publicar o arquivo em um repositório bem cuidado, que permita que no futuro o arquivo ainda esteja disponível.