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Um Robô sem Sentimentos } ARG

Encontre um sentimento verdadeiro em Curitiba

Agosto de 2010. Um grupo de estudantes curitibanos encontra uma estranha mensagem de um robô extraterrestre. Descobrem que está em nosso planeta em busca de algo mágico e misterioso, totalmente desconhecido pelos habitantes de seu mundo: um sentimento verdadeiro.

Dois robôs.

Um robô que pede ajuda

Desculpem chegar assim. Sei que nunca nos vimos. Mas a tempos conhecemos vocês. Analisamos seu mundo, seus hábitos, sua rotina. Por isso, serei direto: preciso de ajuda.

O que é isto que estes seres, humanos, falam tanto? Existe? Não sei, nunca vi, não toquei, não senti, não processei. O que é ter uma emoção. Como se faz para estar emocionado? Vocês dizem possuir essa capacidade. É verdade? São capazes de me provar?

Os caçadores de emoções

Carregados de vontade de me ajudar e munidos de artefatos especialmente desenvolvidos para armazenar sinais da existência de sentimentos na cidade de Curitiba, estes caçadores saem em buscas da prova definitiva para me convencer que, sim, emoções são reais.

Caçada pela cidade!

Caminham pelas ruas treinando seus olhares. Vão capturando todo indício que encontram, apontando caminhos e revisitando os cenários esquecidos do imaginário urbano.

O grande momento perante o robô.

Do alto. Indoor. Olho que filma o olho. Passeio.
Sacaneio. Saudade. Vejo em você. Vida.

Reunião

Na volta, se reunem e conversam. Seus olhos brilham. Cada um tem absoluta convicção de que leva consigo a minha grande revelação. Será mesmo possível? Ah, humanos...

Sentimentos a prova

Sei que seus pares talvez chamem isso de "indelicadeza". Mas, em nosso planeta, nada mais justo que checar o que se apresenta.

Por isso vou testar cada um de vocês... para ter certeza de que não só o sentimento que me apresentam são verdadeiros, como se vocês mesmos o são.

Apresentem suas provas! Deixo meu eterno agradecimento a quem me provar que existe um sentimento verdadeiro nesta cidade. Porém, aqueles que não me convencerem, podem continuar procurando...

Alerta robótico: Não leia a parte abaixo se você for participar deste jogo! (adianta avisar um humano?)



Para jogar este ARG

O material abaixo é para você Puppetmaster que quer desenvolver o jogo ou para todos que estiveremá estudando sobre ARG's. Boa leitura!

Desenhando o robô

Fases do jogo e criação de um cenário lúdico

Introdução ao ARG: Um robô que pede ajuda

Todos os participantes se reunem para receber a mensagem do robô. Este momento pode ser acompado de uma música que lembre ambientes futuristas ou mesmo vozes robóticas para simular a mensagem, que será traduzida pelo Puppetmaster, mostrando o pedido de ajuda.

O objetivo é a compreensão do jogo e de suas regras. Contar a história do robô, falar sobre a importância doas emoções para ele e de sua busca pela ajuda de humanos para mostrar para ele o que é um sentimento verdadeiro.

Duelo de fotografia.

Formação de equipes: Os caçadores de emoções

Estabelecimento de coletivos de caçadores de emoções que sairão às ruas com máquinas fotográficas, filmadoras, gravadores, sacolas, materais de desenho... o importante é terem meio de registrarem, anotarem ou trazerem consigo algo que possa ser mostrado ao robô.

Duelo de fotografia.

Deixe bem claro o funcionamento do jogo, sempre enfatizando o aspecto lúdico e o objetivo: levar um sentimento verdadeiro para o pobre robô sem coração...

Jogando: Caçada pela cidade!

Mãos à obra! Diversão!

Desenhando um robô

Lembre-se de determinar um tempo específico à atividade, para que os coletivos se encontrem novamente. Sugira que registrem a própria caçada... pode ser interessante (e engraçado) depois. Muitas das cenas desta página (aqui) são deste tipo :)

Todos os grupos se reúnem novamente: Reunião

Todos trazem o material coletado e fazem uma seleção para se prepararem. O passo seguinte será provar que aquele sentimento capturado não é só uma mera aparência...

Sendo avaliado pelo robô.

Aqui a ideia é partilhar experiências e levantar questionamentos entre os grupos. As conversas sobre o que cada um trouxe para mostrar para o robô prepara a expectativa para o final do ARG.

Fechamento do ARG: Sentimentos a prova

As fotos, objetos, expressões, encenações (e o que mais os coletivos imaginarem ser uma boa ideia) serão postos à prova do robô, para descobrirmos se são realmente verdadeiros.

Esta avaliação pode ser feita de várias formas. Para dar um "toque" tecnológico, pode-se utilizar algum software gratuíto que meça níveis de estresse na voz (s famosos detectores de mentira).

Este é o ponto culminante do jogo, do julgamento da percepção do que são sentimentos verdadeiros. A verdade do sentimento está na foto, no objeto fotografado ou em quem fotografou?

Materiais indicados para o jogo

Som (player, celular, netbook) para executar a mensagem do Robô.

Sugestão de trilha sonora: Kid A, do Radiohead.

Altar

Um lugar onde os participantes possam mostrar suas fotos ou objetos para o robô julgar.

Representação do Robô

Pode ser um desenho (como nós fizemos), uma imagem, uma foto, um recorte, uma projeção, um trecho de um filme... Que tal esse? Te causa atração ou medo?

Sistema de identificação de estresse (Computadores com microfone e auto-falante) [ou não!]

Esse é interessante, principalmente se o grupo que for jogar se interessar por tecnologia. Nós usamos um destes plugins gratuítos de detector de mentira que funcionam juntos com o comunicador Skype.



Créditos do jogo

Este jogo foi desenvolvido como resposta ao desafio proposto pelo professor Rodrigo Scama durante o Projeto de Interação, disciplina de conclusão do curso de Design de Interação do Instituto Faber-Ludens. O desafio consistia em aliar o tema de nosso projeto com questões de Urbanidade.

Assim, com a ajuda de nosso orientador Frederick van Amstel, optamos por um jogo do tipo ARG, utilizando a história do Robô sem Sentimentos como um cenário lúdico de experimentação.

Projeto realizado durante o desenvolvimento do Projeto Entropia, por Edmarlon Semprebom e Rodrigo Freese Gonzatto, sob orientação de Frederick van Amstel.

Foi jogado pela primeira vez dia 29 de agosto de 2010, em Curitiba